Foram várias noites a Olhar o Longe, Olhar o Antes

Terminaram ontem as apresentações de “Olhar O Longe. Olhar O Antes”, realizadas simultaneamente sobre a Ponte Pedonal Pedro e Inês e no terraço da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra. As sessões aconteceram a 29 e 30 de Agosto, e também em Setembro, nos dias 5, 6, 12, 13, 19, 20 e 22. Esta iniciativa fez parte das comemorações do Ano Internacional da Astronomia, que em 2009 irá assinalar os 400 anos sobre a primeira vez que Galileu apontou uma luneta para o céu.

 

Este espetáculo foi um objecto artístico que, partindo da Astronomia, refletiu sobre o conhecimento que temos do mundo e de nós próprios. Os telescópios apontados para as galáxias distantes, sejam aqueles que podemos ter na nossa varanda, sejam aqueles, como o Hubble, que colocámos no espaço, recolhem informação do passado do universo. A ténue luz azul que nos chega de galáxias a milhões de anos-luz do nosso planeta mostra-nos essas galáxias tal como eram há milhões de anos atrás.

 

Olhar para o céu através de um telescópio é, por isso, utilizar uma máquina do tempo que nos permite ver o passado do universo. Muitas das questões que se colocam à Ciência, nomeadamente aquelas que se prendem com a origem de tudo – do Homem, da vida, da matéria, da luz – estão relacionadas com acontecimentos passados há milhares de milhões de anos, onde algumas teorias científicas consideram ter existido uma inimaginável explosão a partir da qual o universo terá começado a sua expansão, o “big bang”.