Paul Skomsvold (Former Selves) cria cosmologias lo-fi a partir de teclados baratos e uma nuvem de delay. A partir da sua casa em Oakland, Califórnia, tem produzido uma discografia que lembra os melhores momentos de Brian Eno e a nostalgia de uns Boards of Canada sem batidas.

O contingente de artistas portugueses que se apresentam nesta noite é uma fiel representação do eixo imaginário de criação caseira Porto- Coimbra-Lisboa. Da capital chega-nos Lace Bows, projecto que junta as emissões sónicas de Joana Francisco com a manipulação de samples Rui N. (The Sound of Typewriters, Sunflare). A música de Lace Bows não tem paralelo, ora nos lembra um J Dilla do drone, ora nos remete para a vaga de exploradores do hypnagogic pop.

Da cidade Invicta viaja Pedro Rios, autor de uma discografia já extensa como Branches, que nos conduz por um sonho marítimo feito de instrumentos submersos, não fosse o mar a terra do seu jardim sonoro. Ao vivo, o projecto integra também Hugo Gomes, dos Sensible Soccers.

The Exhalers é o mais recente projecto de João Costa Gonçalves, músico conimbricense responsável por uma miríade de outros projectos anichados no mais obscuro underground musical nacional. Mediafired, JCCG, Sofa Pits, Spinning Beach Ball of Death, Lancil, ou Um Bongo são alguns de muitos pseudónimos com que João Gonçalves já assinou registos espalhados ao longo dos últimos anos. Editou em netlabels e editoras como Mimi Records, MPD – música pop desempregada, ou as norte americanas Beer on the Rug e Chill Mega Chill.