O Auto dos Físicos – no qual se tratam huns graciosos amores de hum clérigo
O Auto dos Físicos – no qual se tratam huns graciosos amores de hum clérigo
Gil Vicente
Escrito e representado pela primeira vez entre 1519 e 1524, o “Auto dos Físicos” encerra o livro das farsas na “Copilaçam” de 1562, mas viria a ser excluído, pela censura da Inquisição, na edição de 1586. Acredita-se, pelo tom chocarreiro e pelo burlesco que o caracterizam, que foi representado em época de Carnaval. Um padre “morre” de um amor não correspondido e quatro médicos (os “físicos”) visitam-no à vez, sugerindo estapafúrdios remédios. Brásia Dias, a comadre que primeiro o tenta ajudar, um moço transformado em (fraco) alcoviteiro e um padre confessor que compreende “bem demais” o sofrimento do seu colega completam o leque de personagens desta farsa, rematada por uma “ensalada” vicentina, com referências a outras peças do autor e a elementos do cancioneiro tradicional.
Realização António Augusto Barros
Disponível
2020
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Gravação (DVD)
A Escola da Noite
A Escola da Noite
A Escola da Noite é uma companhia de teatro profissional sediada em Coimbra desde 1992. Ao longo de 23 anos de atividade, estreou 62 espetáculos, construindo e consolidando uma linguagem artística própria, assente na experimentação e na formação constantes e no equilíbrio, em termos de reportório, entre autores clássicos e contemporâneos. Para além de Gil Vicente, elemento essencial no percurso da companhia, destacam-se as visitas ao Teatro Grego (Ésquilo e Eurípides), à dramaturgia portuguesa contemporânea (Vicente Sanches e Abel Neves) e à dramaturgia universal (Beckett, Achternbusch, Büchner, Maquiavel, Lorca, Tchékhov), bem como a atenção particular dada ao universo lusófono, quer quanto ao reportório, quer quanto aos parceiros com quem tem desenvolvido colaborações.