The Dialogue of Art and Science in Tom Stoppard’s Arcadia
The Dialogue of Art and Science in Tom Stoppard’s Arcadia
Liliane Campos
Numa casa de campo em Derbyshire em 1809, Thomasina Coverly de treze anos decide inventar uma nova Geometria das Formas Irregulares. As suas descobertas matemáticas estão à frente do seu tempo, mas correspondem às transformações em Sidley Park, onde a paisagem Arcádia do século XVIII está a dar lugar à desordem do Romântico. Elas também ecoam a natureza irregular e imprevisível da atração sexual que ela observa em torno dela, e o imbróglio sentimental que Hannah Jarvis e Bernard Nightingale vão tentar destrinçar 180 anos depois. Nos enredares cómicos que se sucedem, a arte e a ciência entram num inteligente diálogo dramático, e o sexo faz sempre parte da equação.
“Arcadia” de Tom Stoppard joga com as divisões tradicionais entre Classicismo e Romantismo, arte e ciência, ordem e desordem. Este livro foca-se em leituras atentas do texto, e oferece aos alunos as bases históricas, críticas e teóricas necessárias à discussão destas tensões e da relação destas com os temas chave de tempo, desejo e perda.
Disponível
2011
978-2-13-059190-0
Estudo
Presses Universitaires de France – CNED (Centre National d’Enseignement à Distance)
Liliane Campos
Professora, no departamento de Estudos Anglófonos da Universidade la Sorbonne Nouvelle – Paris 3, de estudos literários e teatrais, tem particular interesse na literatura anglófona contemporânea, na perspetiva biológica na literatura e nas intromissões do vivo na arte contemporânea. É também mestre de conferências em estudos anglófonos e teatrais.
Nas suas próprias palavras: “O meu projeto explora a posição biológica assumida pela literatura contemporânea, no fim do século XX e início do século XXI, de um ponto de vista estético, epistémico e ético. A hipótese central é que as imagens e discursos das ciências da vida são produtoras, em literatura, de mudanças de escala, modificando a nossa perceção do humano. Trata-se de medir o papel hermenêutico destas perturbações, as questões políticas que levantam, e os seus efeitos na forma literária. A minha pesquisa pessoal centra-se na literatura anglófona, dos anos 80 aos nossos dias, e inscreve-se num programa de encontros que abordam a literatura contemporânea num contexto internacional e interartístico.”
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