Já tinham saudades de votar, não era?
Não há motivos para preocupação, pois até dia 19 de junho temos aberto mais um período de votação para escolhermos, em conjunto, a obra a ser traduzida pelo Projeto de Tradução Colaborativa e depois lida em mais uma sessão de Ler Teatro Com Ciência.
A obra vencedora será divulgada após a contagem dos votos e posteriormente daremos início à angariação de tradutores-voluntários. Os interessados em juntar-se a este esforço colaborativo, inspirado no conceito de ciência cidadã, podem inscrever-se através do seguinte e-mail: ler@marioneteatro.com
Aqui fica o link para votação. Deixamos também uma breve sinopse de cada obra, para ajudar a uma decisão em plena consciência.
Rain Dance, de de Lanford Wilson
Numa cantina decrépita em Los Alamos, no Novo México, na noite de 15 de Julho de 1945, quatro pessoas esperam o teste da bomba atómica. Cada uma delas está direta ou indiretamente ligada ao ultra secreto projeto Trinity, e com o correr da noite o horror do que está prestes a ser libertado no mundo começa a tornar-se claro para elas. À medida que crescem as tensões, e questões de ciência, religião e moralidade entram em colisão, “Rain Dance” torna palpável a excitante e aterrorizadora viagem dos nossos primeiros passos na era atómica.
The Other Place, de Sharr White
Juliana Smithton é uma neurologista de sucesso cuja vida parece estar desequilibrada. O marido pediu o divórcio, a filha fugiu com um homem muito mais velho e sua própria saúde está em risco. Mas neste trabalho brilhantemente elaborado, nada é o que parece. Peça por peça, um mistério desenrola-se à medida que os factos se confundem com ficção, o passado colide com o presente e a verdade indescritível sobre Juliana vem à tona.
On The Verge, or The Geography of Yearning, de Eric Overmyer
Em 1888, três experientes exploradoras americanas do século XIX, armadas com guarda chuvas, uma cesta de picnic e chapéus cáqui, lançam-se a explorar a “Terra Incognito”, abraçando ardentemente culturas e réplicas de civilizações distantes (como um batedor de ovos que elas deduzem ter de ser “o uniciclo de um marsupial”). Presas numa dobra temporal, dão por si na America de Eisenhower nos anos 50, onde experimentam o rock’n’roll e descobrem artefactos como crachás “I like Ike” e mais batedores de ovos! O trio divide-se quando duas decidem ficar em 1955: Alexandra torna-se uma perita rock’n’roller e Fanny apaixona-se pelo dono de um cocktail-bar. Recai sobre Mary continuar a viagem de exploração, mas não sem antes trocar o seu vestido vitoriano por um par de calças!
Trumpery, de Peter Parnell
Estamos em 1858. Charles Darwin debate-se para conseguir terminar “A Evolução das Espécies” e dar ao mundo a sua teoria da Seleção Natural, ao mesmo tempo que lida com uma doença na família e com a sua iminente perda de fé. Entretanto, a meio mundo de distância, Alfred Russel Wallace, um brilhante mas desconhecido explorador e socialista utópico, chegou exatamente à mesma teoria. A única pessoa a quem envia o seu manuscrito é a Charles Darwin. Poderá Darwin reivindicar prioridade? E o que acontecerá se ele não conseguir acabar o seu livro a tempo? Vibrantemente cómico e profundamente comovente, Trumpery examina o que significa viver num universo darwinista pelo ponto de vista dos homens que descobriram a ideia.
The Ruby Sunrise, de Rinne Groff
Aclamado pelo The Boston Globe como “uma jóia”, The Ruby Sunrise começa quando uma maria-rapaz dos anos 1920 trabalha febrilmente para desenvolver sua última invenção — uma coisa chamada “televisão”. Vinte e cinco anos depois, a sua filha fará de tudo para dar vida à incrível história da sua mãe durante a Era de Ouro da TV. Mas terá a verdade que merece?
“Um retrato bem ajustado dos primeiros dias da televisão. [Groff] conseguiu misturar habilmente o passado e o presente.” — Providence Journal